Vazamento expõe dados de saúde de quase 6 milhões de pessoas no Brasil

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São Paulo, Brasil - Um vazamento de dados, que atingiu mais de 5,6 milhões de pessoas, foi descoberto na última semana. Além de informações de saúde, como históricos de consultas, procedimentos e exames realizados por profissionais assegurados, o incidente impactou também informações da própria seguradora atacada.

De acordo com informações divulgadas, amostras dos dados expostos que foram compartilhadas por fontes, apontam a Porto Saúde como responsável pelas informações vazadas. No entanto, ainda segundo o site, a seguradora de saúde nega qualquer tipo de ataque a seus sistemas.

A empresa informou em nota que “a partir das apurações técnicas, conduzidas por equipe externa, constatou-se que não há evidências de comprometimento dos sistemas de tecnologia da informação ou de violação da base de dados interna da Porto Saúde”. A companhia ainda reforçou que investe constantemente em segurança e tecnologia, a fim de prevenir esse tipo de incidente.

Além dos dados de saúde, o vazamento também expôs informações pessoais como nome completo, CPFs e datas de nascimento dos funcionários de empresas, como hospital infantil, colégios e centros universitários, de ensino ou colocação profissional. Os dados expostos além de gerarem desconforto por conta da sensibilidade das informações – como laudos médicos, também podem colocar as vítimas como alvos de golpes cibernéticos.

Nesse sentido, a ESET alerta para alguns pontos que você deve prestar atenção caso tenha seus dados vazados:

Vishing: ao ter o telefone e informações pessoais vazadas, grupos de cibercriminosos podem se passar pelas vítimas para seus conhecidos, e solicitar com urgência ao destinatário da ligação a entrega de dinheiro, seja fisicamente ou por meio de uma conta bancária. Muitas vezes, os criminosos usam métodos de manipulação emocional, como choro falso ou apelo a um incidente sofrido pela suposta vítima conhecida, para garantir credibilidade.

Fraudes de SIM Swap: essa técnica é utilizada em conjunto com outras engenharias sociais para obter benefícios, pois o que os criminosos procuram neste caso é o acesso aos códigos de verificação que as empresas, plataformas e bancos costumam enviar para nossos smartphones através do número de telefone. Os criminosos tentam obter clonar o SIM do usuário a fim de receber os códigos de verificação por SMS (autenticação de dois fatores).

Criação de perfis falsos: ataques de engenharia social que tem o intuito de conduzir a vítima a realizar algum procedimento que beneficie os criminosos com informações, bens ou dinheiro, são muito comuns. Ao ter dados como nome completo e data de nascimento vazados, a criação de perfis falsos ficam muito mais fáceis e críveis.

Senhas fracas: são bastante comuns, e compõem uma lista que é repetida ano após ano, incluindo “123456”, “password” e “qwerty” no top 5. Além desses exemplos clássicos, há outros erros comuns entre os usuários mais descuidados – como o uso de datas de nascimento ou números de documentos oficiais como fator de segurança.

Essas práticas não são seguras porque, além de possíveis vazamentos de dados, técnicas o OSINT, sigla para Open Source Intelligence, podem perfeitamente encontrar essas informações na internet.

Para saber mais sobre segurança da informação, visite o portal de notícias ESET. Por outro lado, a ESET convida você a conhecer Conexão Segura, seu podcast para descobrir o que está acontecendo no mundo da segurança da informação. Para ouvir acesse este link.