Trollagem e assédio: proteja seus filhos dos perigos online

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São Paulo, maio de 2022 – Nos últimos anos, a presença online de crianças e adolescentes cresceu no Brasil. De acordo com dados da pesquisa TIC Kids Online Brasil, a proporção de usuários de Internet de 9 a 17 anos passou de 89% em 2019 para 94% em 2020. A ESET, empresa líder na detecção proativa de ameaças, alerta para o fato de a maioria das plataformas de redes sociais e jogos online permitirem que qualquer pessoa possa acessar de forma anônima a grandes comunidades online, atraindo stalkers, trolls e assediadores sexuais. Nesse sentido, para aconselhar e proteger os menores, é preciso primeiro reconhecer os ricos e conhecer melhor esses grupos, suas motivações e métodos.

Para auxiliar os adultos a compreenderem os perigos que permeiam o ambiente online, a plataforma de educação em segurança da ESET, Digipais, destaca estes como principais riscos:

Assediadores sexuais: quando novos amigos online não são quem parecem

Os assediadores sexuais entram em contato com crianças pela Internet com o objetivo de forçá-las a realizar alguma atividade de natureza sexual. Eles usam plataformas como mensagens instantâneas, redes sociais e até jogos online, onde podem permanecer anônimos, muitas vezes fingindo ser outra pessoa, geralmente mais jovem. Os adolescentes geralmente correm maior risco porque são curiosos e buscam aceitação. Eles costumam conversar com estranhos de boa vontade, apesar de sentirem que é algo perigoso.

Aqui estão três das táticas psicológicas que eles usam:

●       O aliciamento (assédio sexual de menores) baseia-se no estabelecimento de uma ligação emocional com a vítima com o objetivo de abuso sexual. Os agressores gradualmente constroem um relacionamento com os menores para ganhar sua confiança. Eles podem fazer isso dando presentes e elogios, agindo de forma gentil ou mostrando que entendem suas inseguranças. Uma vez que as inibições das crianças são reduzidas, é mais provável que elas possam ser coagidas a fazer o que é solicitado, seja dando mais informações sobre si mesmos e suas vidas, ou até mesmo enviando fotos nuas, que podem ser usadas contra elas.

●       Os assediadores sexuais costumam usar um método de coleta de informações pessoais específicas sobre a criança, conhecido como phishing, que lhes permite formar uma imagem mais completa da vítima.

●       Uma vez que os agressores tenham informações sobre a criança, coletadas por meio de mensagens diretas ou de suas observações, eles podem usá-las para manipulação adicional, como mirroring (espelhamento). Como o próprio nome em inglês sugere, é uma maneira de imitar o que eles veem na vítima. Eles podem fingir estar na mesma faixa etária da criança, compartilhar interesses, gostos ou preocupações – qualquer coisa que os ajude a reforçar uma conexão emocional.

Bullying e trollagem: é fácil ferir os outros online

O cyberbullying é baseado em escrever textos ofensivos, espalhar rumores e falsas acusações, ameaçar e chantagear, expor informações privadas ou íntimas da vítima, humilhar e ridicularizar, assediar e perseguir, ou fingir ser outra pessoa para prejudicar alguém. Como no mundo físico, tudo isso geralmente é direcionado a um único indivíduo.

Os trolls, por outro lado, causam interrupções na rede, criam conflitos e geralmente provocam outros. Eles obtêm satisfação em fortes reações às suas postagens ofensivas, irritantes ou falsas. Eles tornam impossível ter discussões construtivas e positivas de propósito.

“Quando valentões e trolls postam algo em uma rede social, eles não obtêm uma reação imediata, o que lhes dá uma sensação de impunidade. Ainda mais quando usam perfis falsos ou anônimos, para que não possam ser rastreados e se sintam acima da lei. Além disso, ao contrário de dizer algo cara a cara e ver a reação imediata, escrever comentários e postagens de ódio ou para ridicularizar é muito mais fácil, porque o ambiente online reduz a necessidade percebida de empatia com os outros”, diz Camilo Gutiérrez Amaya, laboratório de pesquisa da ESET na América Latina.

No mundo digital, o que piora é a dinâmica de grupo, pois é impossível estimar o tamanho da multidão de testemunhas que veem a publicação, o que aumenta a ansiedade da vítima. Além disso, o conteúdo pode se espalhar rapidamente, ampliando o número de pessoas que sabem sobre o assédio, mas não fazem nada a respeito. Como os usuários sabem que ninguém os vê lendo o post, muitas vezes eles não se sentem responsáveis ou envolvidos na situação a ponto de combater a injustiça.

Leia essas 3 dicas e saiba como acompanhar os pequenos:

●       Procure sinais de que algo está errado: preste atenção a quaisquer sinais que indiquem que eles podem ser vítimas de cyberbullying ou estar em contato com alguém que possa causar danos a eles. Há perguntas para ajudar a orientar, por exemplo: eles parecem ter problemas emocionais frequentes ou mudanças repentinas de humor? Seu perfil de mídia social foi excluído de repente? Eles estão fingindo estar doentes para evitar ir à escola? Da mesma forma, mudanças de humor ou comportamento, bem como a falta de interesse pela família ou amigos, podem significar que algo não está certo, embora não esteja necessariamente relacionado às causas mencionadas.

●       Fique por dentro de suas atividades online: não seja intrusivo, apenas certifique-se de ter uma ideia geral de como eles passam o tempo em seus dispositivos. Tente descobrir as últimas tendências que moldam a vida das crianças no mundo digital. Algum deles segue um influenciador? Você também pode segui-lo. Existe um novo jogo multiplayer? Peça que expliquem o que é. Isso lhe dá a oportunidade de reagir às questões atuais e talvez ter conversas interessantes, compartilhar outro ponto de vista e construir uma ponte sobre a lacuna de gerações. Lembre-se de que ouvir e mostrar interesse genuíno pode ser mais importante do que falar e instruir. Mas, idealmente, tente encontrar um equilíbrio entre os dois.

●       Cultive uma relação de confiança: quando os jovens sentem que podem dizer aos mais velhos o que estão em suas mentes, isso lhes proporciona uma perspectiva saudável e um terreno seguro em que sempre podem confiar. Quando este não é o caso, eles ficam mais suscetíveis a serem vitimizados por alguém que quer desempenhar esse papel para eles. Além disso, um relacionamento caloroso e aberto permite conversas mais honestas. Assim como você procura preparar os mais jovens para a vida no mundo físico, você também deve fornecer a eles ferramentas para navegar com segurança no mundo online.

A ESET convida você a conhecer o Digipais, sua iniciativa alinhada com crianças mais seguras online, que busca acompanhar pais e professores no cuidado de crianças na Internet, para conscientizar sobre riscos e ameaças no mundo digital. Este espaço disponibiliza materiais para o processo de aprendizagem, diálogo e supervisão de forma a fornecer os conhecimentos necessários para ajudar os pequenos na utilização das novas tecnologias.

Para saber mais sobre segurança de computadores, visite o portal de notícias da ESET:  https://www.welivesecurity.com/br/2022/05/09/os-3-tipos-de-malware-mais-perigosos-para-android/

Por outro lado, a ESET convida você a conhecer Safe Connection, seu podcast para descobrir o que está acontecendo no mundo da segurança informática. Para ouvir, acesse: https://open.spotify.com/show/61ScjrHNAs7fAYrDfw813J?si=242e542c107341a7&nd=1