São Paulo, Brasil – O termo Fake News é utilizado para descrever notícias falsas escritas com o intuito de parecerem reais, a fim de enganar os leitores. A disseminação desse tipo de conteúdo tem se tornado cada vez mais comum, prejudicado tanto que está no centro dessas notícias, como os leitores, que tem suas opiniões influenciadas por informações irreais. Segundo um levantamento realizado pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai) da Universidade de São Paulo (USP), somente em junho de 2017, mais de 12 milhões de pessoas compartilharam informações falsas nas redes.
De maneira geral, as notícias compartilhadas sem apuração nas mídias sociais, aplicativos de mensagens instantâneas ou blogs agravam ainda mais a situação, pois ampliam o alcance desses conteúdos, fazendo com que as pessoas recebam informações erradas.
Um exemplo disso foi uma informação veiculada no início do ano em redes sociais que dizia que quem não votou nas últimas eleições, em 2016, não poderia votar na próxima. Temendo a repercussão, a assessoria do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) desmentiu rapidamente a notícia e ainda fez um vídeo explicando sobre as consequências de acreditar em mitos eleitorais. Neste caso em específico, a falsa informação poderia afetar os resultados da eleição, além de causar transtornos para os cidadãos, como negação da emissão de passaportes e o impedimento na participação em concursos públicos.
Em declaração dada na última terça-feira (20), o presidente do TSE, ministro Luiz Fux, reforçou o impacto negativo das notícias falsas e a importância dos canais de imprensa tradicionais para informar a população corretamente. O ministro alerta inclusive que as Fake News podem trazer resultados devastadores à uma eleição, sendo responsáveis até por sua anulação.
Além de todos estes pontos negativos, as Fake News trazem desafios à segurança da informação. Por não serem obrigados a fornecer opções de navegação seguras, os sites criados para a divulgação de notícias falsas podem conter ameaças, como links que levam os leitores a instalar vírus ou cair em armadilhas de phishing, uma maneira desonesta que cibercriminosos encontram de fazer as pessoas informarem dados pessoais importantes voluntariamente.
Sabendo dos riscos à segurança digital do usuário, nesse Dia do Profissional de Mídia, a ESET, líder em detecção proativa de ameaças, elaborou algumas dicas para que os usuários consigam minimizar os riscos, ao mesmo tempo em que sejam capazes de perceber a diferença entre fatos falsos e verdadeiros.
1. Desconfie de notícias absurdas ou apelativas: ao observar reportagens com uma linguagem mais forte ou manchete exagerada, desconfie. Geralmente elas costumam ser chamadas de caça-cliques e não são confiáveis.
2. Verifique as notícias em mais de um site: uma maneira de ter certeza de que as reportagens são verdadeiras é pesquisando o tema em mais de um local, optando especialmente por fontes de confiança, como grandes portais. Vale lembrar, que atualmente muitos destes meios de comunicação inclusive possuem editorias próprias para verificar a veracidade das informações.
3. Evite propagandas milagrosas que prometem o impossível: é muito comum aparecer produtos com preços muito baixos ou matérias falando sobre métodos rápidos de emagrecimento ou como ganhar dinheiro fácil. Além de chamar a atenção, essas notícias podem conter vírus ou levar a ataques de phishing.
4. Preste atenção às fontes: fique atento às fontes e desconfie de nomes nunca antes vistos. Os sites de Fake News costumam inventar cargos e nomes para dar mais credibilidade às notícias inventadas. Em caso de dúvida, vale pesquisar.
5. Antes de compartilhar, verifique a data da publicação: comuns em aplicativos de mensagens, as manchetes desatualizadas podem ludibriar facilmente os usuários. Por isso, antes de compartilhar, sempre confira o dia em que a reportagem foi publicada.
6. Na dúvida, não compartilhe: caso tenha surgido dúvidas se a notícia é real e nenhuma das dicas acima te ajudou a descobrir a veracidade das informações, não compartilhe. Assim, você evitará a proliferação de boatos que podem prejudicar pessoas, instituições públicas e privadas.
“As Fake News conseguem causar grande impacto porque muitas vezes as pessoas compartilham um conteúdo sem a verificação necessária, o que acaba disseminando informações que não são verdadeiras e podem trazer consequências sérias. A partir do momento em que conseguimos conscientizar a população sobre a importância da checagem dos fatos, as Fake News perdem poder, gerando um tráfego muito menor e com menos importância, o que torna a internet mais confiável e segura para todos”, diz Camillo Di Jorge, Country Manager da ESET.
Para acessar mais informações sobre segurança cibernética, visite o portal:
https://www.welivesecurity.com/br/