Você é daqueles que acha que é sempre bom estar atento aos principais temas e questões voltadas para a segurança online? Então chegou a hora de entender mais a fundo sobre o sniffer, afinal, esse instrumento é bastante utilizado para garantir a estabilidade da nossa conexão, mas também tem sido aplicado com intenções criminosas.
Se você quer entender mais sobre isso, continue sua leitura e compreenda o que é um sniffer, como se dá seu funcionamento e, acima de tudo, saiba como proteger a sua navegação de possíveis roubos de dados. Fique atento e confira já com o blog da ESET!
O que é um sniffer?
Sniffer, termo em inglês utilizado para denominar a ação de farejar ou examinar, é utilizado nas redes como um conceito relacionado a softwares (ou hardwares, em alguns casos) que inspecionam e acompanham as movimentações e atividades de um ou mais usuários online, gerando uma visualização dinâmica e simultânea sobre essa navegação.
A empresa americana NetScout, responsável por fornecer serviços tecnológicos diversos, é detentora do produto intitulado ''Sniffer'' disponibilizado com esse fim para diferentes tipos de organizações.
O seu uso é frequentemente mantido por profissionais que desejam preservar um controle da estabilidade de uma rede, de modo que as pessoas, ao navegarem, não sofram com possíveis oscilações. Com isso, permite que sejam identificadas falhas ou erros de transmissão e direcionam para um aprimoramento da conexão.
Portanto, essa é uma prática que, inicialmente, não representa um perigo digital. Entretanto, esse cenário muda quando nos deparamos com intuitos criminosos, que compõem uma parte do que conhecemos como sniffers de pacote.
Qual a função de um sniffer?
Quando utilizado da maneira que foi originalmente estruturado, o sniffer passa a ser útil para atuações de corporações, arquitetos, técnicos e engenheiros de rede e até mesmo colaboradores do ramo da segurança em TI.
Veja ainda quais são as duas principais utilizações dessa ferramenta:
Utilização para fins legítimos
Ajuda a cumprir diferentes propósitos, que vão desde o acompanhamento do fluxo e tráfego de funcionários — visando um controle mais assertivo de performances e entregas, à coleta de dados e informações que auxiliem no aperfeiçoamento de estruturas e também na identificação de possíveis riscos e armadilhas, como vírus, Cavalos de Tróia e mais.
Viabiliza, portanto, a construção de novas soluções, avaliação do tráfego e aplicação de experimentos de firewalls.
Aplicação de golpes
Já quando aplicado para realização de golpes e roubos de informações, fazem com que milhares de pessoas acabem baixando sniffers de pacote sem perceber, possibilitando que cibercriminosos tenham acesso a dados sensíveis e executem manobras que causam diversos danos aos usuários.
Hackers utilizam para obter senhas, mensagens, códigos, e-mails e informações que facilitam o roubo de identidade e outros tipos de farsas.
Para ler depois: App espião? Saiba como proteger seus dispositivos!
Como ocorre o funcionamento do sniffer?
Existem inicialmente algumas categorizações principais dos sniffers, que são segmentadas conforme o campo onde eles atuam.
Os softwares de Wi-Fi acompanham o movimento nas redes de maneira mais ampla, enquanto os de pacote verificam a troca de dados de uma rede. Já os IP agem por meio do endereço exclusivo de determinados aparelhos.
E essa segmentação não para por aí, já que abarca também outras duas possibilidades de especificação: a dos passivos e ativos.
Sniffer ativo
O sniffer ativo entra em cena quando identifica a conexão de outros aparelhos em um hub — ferramentas que apresentam a capacidade de integrar outros dispositivos e fazer com que ocorra uma troca de dados entre eles.
Com isso, o farejador ativo tem um poder de alcance ainda mais amplo e apresenta a capacidade de burlar controles e estruturações pré-programadas, modificando e interferindo nessa gestão.
Esse direcionamento torna o seu reconhecimento menos complexo, e, por conta disso, não são tão utilizados pelos hackers.
Sniffer passivo
Também conectados nos hubs, os sniffers passivos já não possuem a mesma prática de interferência no fluxo dos dados, fazendo apenas o recolhimento e monitoramento das informações. Mas isso não os torna menos potentes.
Eles acabam sendo os preferidos de cibercriminosos, por terem uma detecção mais difícil e por agirem de maneira discreta e encoberta.
Como proteger a sua navegação de um sniffing?
Agora que você compreendeu um pouco mais a fundo sobre como ocorre essa prática, nada melhor do que conferir como proteger a sua navegação do sniffer e tornar as suas interações na rede muito mais seguras. Confira:
1. Recorra a uma boa solução de antivírus
A instalação de um antivírus de qualidade, tanto em dispositivos pessoais quanto empresariais, é o primeiro passo.
Afinal, esse tipo de programa constrói camadas de defesa que não permitem que aplicativos infectados e outros formatos de vírus que carregam esse ataque possam se instalar em seus dispositivos, protegendo transações e dando a privacidade online que você necessita.
2. Não acesse um Wi-Fi público
Milhares de usuários se expõem cotidianamente a redes públicas, sem compreender a total extensão do perigo que acabam correndo.
Redes abertas e gratuitas são um grande parque de diversões para pessoas mal intencionadas, que utilizam dessa facilidade como isca para acessar os dados e hospedar farejadores maldosos nos mais diferentes aparelhos e dispositivos. Portanto, evite essa ação.
3. Utilize uma VPN
A VPN aplica, por meio da criptografia de ponta, uma ocultação do seu IP, tornando a sua navegação privada e reforçando a segurança das suas informações online. Ela resulta ainda numa codificação que não pode ser vasculhada pelo farejador, garantindo uma etapa a mais de escudo.
4. Visite apenas URLs com HTTPS
É muito importante se atentar diariamente aos sites que você visita. Aqueles que iniciam com o protocolo HTTPS sinalizam um espaço seguro para a sua entrada, enquanto os marcados como HTTP demonstram não haver certificação e garantia de um bom nível de proteção das informações, te deixando mais vulnerável.
Ou seja: a melhor e mais completa proteção contra sniffers ilegais pode e deve ser feita com o auxílio de um bom antivírus, VPN e da adoção de comportamentos mais conscientes e de baixo risco ao longo da navegação online!
Assim, considere todas essas etapas e, com o auxílio de cada uma dessas soluções ou ações, defenda seus dados contra a tentativa de fraudes e golpes de criminosos.
E se você gostou de compreender mais sobre o tema, não perca a oportunidade de acompanhar o blog da ESET e ficar por dentro das maiores e mais recentes discussões no campo da segurança digital.
Aproveite para conferir sobre como se proteger de golpes no WhatsApp e Instagram e até a próxima!