Deepfake: entenda o que é a prática e veja como se proteger

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Os avanços tecnológicos têm nos levado a patamares nunca imaginados, concretizando ideias e possibilidades que impactam de maneira significativa as nossas vidas — tanto de forma positiva quanto negativa. E um dos resultados desse progresso é o deepfake, que se apresenta como um recurso capaz de criar vídeos ultra realistas de ações que não existiram.

Ele tem ganhado uma visibilidade significativa e, apesar de não ter sido concebido com esse propósito, caiu no gosto de hackers com intuitos criminosos.

Então, vamos apresentar esse tema mais a fundo para você que deseja compreender melhor sobre o deepfake. E, ao final do conteúdo, descubra ainda de que forma conseguir identificar e se proteger. Ficou curioso? Continue a leitura e confira a seguir!

O que é deepfake?

O deepfake é um artifício tecnológico capaz de produzir cenas e vídeos que retratam pessoas tomando ações e compartilhando discursos que, na realidade, jamais aconteceram. E você pode estar se perguntando sobre o que há de tão revolucionário nisso, já que o próprio cinema, por exemplo, aplica soluções similares há décadas, criando superproduções.

O principal ponto de compreensão é que esse artifício, que utiliza da inteligência artificial (IA), tem um processo de produção muito mais simplificado, sem demandar grandes custos ou investimentos.

Assim, qualquer pessoa com o conhecimento consegue criar vídeos capazes de viralizar na internet, mesmo que contenham informações falsas. E esse conceito, que surge da junção de dois termos na língua inglesa (deep = profundo e fake = falso), vem criando incômodos e inúmeros golpes.

Mas é necessário apontar também o lado positivo dessa inovação, que pode ser largamente aplicada em campos como a saúde — auxiliando na visualização e identificação de doenças, e até mesmo para aquecer a economia, ao ser incorporada a áreas como marketing digital e comunicação.

Para ler depois: Conheça 7 dicas de segurança na internet para implementar em sua rotina!

Como funciona o deepfake?

Dentre os recursos necessários para a produção de um deepfake estão o domínio no deep learning — uma evolução do aprendizado detalhado e profundo nos conhecimentos de aprendizado da máquina, um bom conhecimento em algoritmos e o acesso a produções visuais e de áudio que irão ser submetidas a um programa.

O segundo passo fica por conta do processador, que, com base no conteúdo disponível sobre aquele rosto em específico, aperfeiçoa e sincroniza os movimentos, deixando-os naturais e com uma percepção ultra realista dos novos recortes e sobreposições.

Quais os perigos do deepfake?

O grande risco por trás dessa ferramenta está no fato de que ela tem sido amplamente aplicada para produzir e disseminar notícias falsas e para constranger ou incitar situações capazes de causar danos e golpes, tanto de forma individualizada quanto de maneira coletiva.

Os vídeos se tornam tão bem produzidos que fazem com que qualquer pessoa possa estar à mercê de acreditar naquilo que está sendo publicado, fazendo com que fique vulnerável a todo tipo de manipulação. Portanto, ainda que nem sempre sejam criados para esse fim, a popularização da ferramenta faz com que ela se torne acessível para a aplicação de crimes cibernéticos.

Como reconhecer e se proteger de um deepfake?

Mesmo diante dos avanços e aperfeiçoamentos, é possível recorrer a alguns pontos na hora de ajudar você a reconhecer um deepfake:

  • Foque sempre nos detalhes: veja com atenção a movimentação do rosto, expressões, tom de voz e até mesmo o olhar da pessoa na imagem. Eles parecem naturais e orgânicos? As falas são curtas ou apresentam uma boa fluidez? Existe alguma falha?;

  • Faça comparações: se você tiver vídeos reais sobre aquele indivíduo, coloque lado a lado e se atente às semelhanças;

  • Confira a fonte: sempre garanta que o canal de divulgação daquela informação é verdadeiro. Afinal, nem tudo que vemos online é necessariamente a verdade;

  • Recorra à tecnologia: existem algumas ferramentas e sites destinados à verificação e comprovação de notícias e vídeos, então é possível contar com eles caso esteja muito difícil de conseguir detectar.

Com seu uso sendo cada vez mais presente, precisamos nos voltar para um olhar crítico sobre aquilo que compartilhamos ou interagimos ao navegar nas redes.

E, caso perceba links anexados a esses vídeos dos quais você não tem certeza da veracidade, não clique e também não divulgue.

Afinal, eles podem conter vírus e infectar os seus dispositivos para facilitar a exposição e acesso para hackers de dados e informações pessoais, levando à aplicação de golpes. Mantenha o seu antivírus ativo e conte sempre com boas camadas de segurança!

Então, o que achou de conhecer mais sobre o deepfake e suas principais consequências? E por falar sobre proteção virtual, aproveite para conferir mais sobre o golpe do catfish.

Nos vemos no próximo post!